quarta-feira

1º POST DE 2011!

Bom. Quase todo mundo que eu conheço tem o hábito de fazer listinha todo final de ano, com o intuito de melhorar no ano que vai entrar e não voltar a cometer pequenos delitos como, por exemplo, comer aquele décimo quinto brigadeiro na festa de aniversário daquela sobrinha espinhuda que provavelmente levou duas horas para entrar no vestido ou recusar terminantemente aquele suéter roxo de algodão da sua sogra, a qual você finge gostar, sendo que o único motivo para isso é a herança polpuda da véia e por que o estatuto do idoso te persegue até a terceira geração se você der um peteleco na véia.

Esse ano ( 2010) eu fiz uma listinha também. Acabei de me dar conta de que quase tudo o que eu pedi aos astros e estrelas no último Reveillon foi-me concedido. Inclusive estar dominando as minhas faculdades mentais (há controvérsias, injustas, mas elas existem) foi uma das dádivas concedidas por Andrômeda. Fazendo um balanço do ano que se vai, acho que a soma de tudo, dividido pelos excessos, subtraindo o bruto vivenciado, enfim, vou parar por que sempre fui péssimo de matemática, mas voltando ao assunto, esse ano foi 60% positivo para mim.

No lado profissional tive experiências bacanas. Fiz uma mostra muito bacana, chamada Eles Só Usam Black Tie, a qual elejo como a minha melhor atuação no ano. Tive umas boas experiências também, como a participação que eu fiz nA Quadrilha. Mas Black Tie foi uma lavada na minha alma e no meu ego.

Depois disso eu me afastei um pouco da Escola de Teatro, algo que me arrependo profundamente. Aliás, abro aqui um parêntese para comentar a hipocrisia que algumas pessoas têm de dizer que não se arrependem de nada que fizeram e sim, que se arrependem do que não fizeram. Tá, você pode sim se arrepender de não ter feito algumas coisas, mas daí a dizer que, se pudesse voltar no tempo cometeria as mesmas cagadas de novo é o mesmo que assinar um atestado de burrice. Afinal já diz o ditado: errar uma vez é humano, duas é burrice. Isso eu concordo plenamente. Se vivêssemos felizes e sem arrependimentos seríamos máquinas, robôs.

Bom, voltando ao que eu dizia, me arrependi muito em 2010, e um dos meus arrependimentos foi ter me afastado dos meus amigos da Escola de Teatro. Claro que eu enfrentei um momento seríssimo de auto conhecimento, que me afez abdicar de coisas bacanas. Me senti extremamente sozinho, mas de uma maneira muito negativa, quando nada tava bom pra mim. O tempo que eu dei nos meus projetos foi bom naquele momento, mas agora, eu olhando pra trás, talvez não tivesse sido a melhor coisa que eu tenha feito. Aprendi aquilo que eu já ouvi trocentas vezes: você pode fugir de tudo e de todos, mas você não pode fugir de si mesmo. Enfrentar os problemas de frente não é fácil. Mas a gente sempre tem que tentar.

Outra coisa que eu aprendi em 2010 foi que eu não posso JAMAIS me anular pelos outros. Sabe aquilo de abdicar das coisas boas que a vida te propõe para embarcar na aventura de outras pessoas? Pois então. É Por isso que eu curto a solidão. Por que isso de você depender de alguém é muito foda. Você dá a essa pessoa o direito de controlar tua vida.

Eu tenho uma péssima relação com contratos. Eu faço e gosto de fazer aquilo que me dá prazer, sobretudo na questão profissional. Gosto de me sentir livre para criar. Detesto rotina por exemplo. Por isso não dou certo com pessoas controladoras. eu prezo antes de tudo a liberdade, sobretudo a minha.

Esse foi um ano de mudanças. Mudei de casa (já morei em tanta casa que nem me lembro maaaaais...), sofri com vestígios do amor do verão passado e aprendi que gostar de alguém é muito melhor quando esse gostar é recíproco, o que não quer dizer que vou deixar de gostar sem ser devidamente gostado. Aprendi a lidar com minhas potencialidades e com meus defeitos. Descobri que você agrada a uns e desagrada a outros sempre. Por isso, a consciência está mais relax.

No campo sentimental, uma big supresa: uma relação séria pintou na minha área. Tenho até medo disso. Eu me conheço. Eu sei que quando a coisa fica séria, eu perco o tesão numa velocidade impressionante. Mas como quem morre de véspera é peru, deixo de me preocupar por antecipação. Mas tudo não deixou de ser uma surpresa.

Propostas para o ano que se inicia:

* Trabalhar mais. Atuar em mais coisas além das mostras da faculdade. Enfim, me mostrar ao mundo.

* Me dedicar mais a minha licenciatura, que, supõe-se, vai me sustentar daqui a um tempinho.

* Transpor minha idéias para a fora da minha cabeça, afinal, eu não vou ganhar o Oscar deixando os roteiros na minha cabeça. Telepatia está longe da realidade humana.

* Escrever mais aqui, o que aliás, foi uma grande desafio, já que já criei inúmeros blogs e nenhum sobreviveu até hoje.

Enfim, espero que 2011 seja tão pulsante quanto esse ano que se vai.

E pra mim, desejo:

MERDAAAAAAAAA!