sexta-feira

parabéns para mim...

ontem eu completei a singela idade de vinte anos.

Duas décadas. e nem parece. juro que não parece. pareço ter no máximo 17! (Risos)

Mas agora falando sério.

Quando olho pra trás e faço um balanço da minha vida, e vejo por quanta coisa eu passei, fico feliz em saber que tudo o que eu passei serviu para construir esse ser humano que hoje aqui se encontra.


Olhando para trás nessas duas décadas de vida, relembro as pessoas e os fatos que me marcaram. Que me fizeram ser quem eu sou hoje.

Melhorei em alguns aspectos, piorei em outros, mas com toda a certeza, não sou a mesma pessoa que eu era há algum tempo. Putz. Mas que grande novidade eu estou dizendo. Ninguém é  a mesma pessoa. Eu não sou mais o mesmo que ontem.

Tanta gente que eu conheci e que preferia não ter conhecido. Tanta gente que eu perdi de conhecer melhor, pessoas as quais eu poderia ter me dedicado mais.

Tanta coisa...

Mas tudo bem. Na vida a gente não pode ter tudo (infelizmente!).

Me arrependo de tanta coisa... As pessoas geralmente têm um discurso pronto de "só me arrependo do que não fiz" mas isso é mentira... Frase feita que não tem efeito.

Todos nós nos arrependemos de x coisas. Só que nem todos têm a coragem de assumir que se pudessem voltar no tempo, mudariam boa parte do que fizeram. Eu faria tudo (ou uma boa parte) diferente.


Ainda ontem eu completei dezoito anos. Esses dezenove então, passaram que nem poeira. Nem vi direito. E agora estou eu na casa dos vinte.

Acho que está na hora deu me dedicarrealmente para construir alguma coisa nessa vida. Senão ela passa e aí babau! De repente tudo o que a gente viveu ou tinha pra viver some! Desaparece! E aí já era.

Tenho medo de chegar aos trinta sem conseguir caminhar com as minhas próprias pernas. Tenho que batalhar pra isso.

mas por enquanto... vou tentando melhorar no dia a dia.

Inté...

 

 

quinta-feira


Eu não sei o que eu quero da minha vida. na verdade eu não sei nem se vou estar vivo amanhã. O que eu sei desse mundo?
Nada. Nada. Eu as vezes acho que eu sou isso. Um nada. Um nada no meio de tantos tudos.
Eu sou resultado das minhas ações, do meus pensamentos. Eu sou um mix do que na verdade sou e do que poderia ser.
Eu sou assim. Eu não acredito na felicidade, mas procuro por ela.
Eu não acho graça na vida, mas vivo como se a graça existisse em cada coisa que faço.
Ando por essas ruas cinzentas buscando algo que nem eu mesmo sei o que é...
Busco reinventar os meus atos e construir os meus passos todos os dias.
Acredito na possibilidade da impossibilidade de viver algo maior. Não saber o que fazer amanhã é uma das coisas que mais me atormentam.
Não saber o que fazer todas as manhãs assim que eu acordo não é definitivamente o que eu quero para o
resto dos meus dias.
Meu mundo é repleto de imagens indefinidas.
De pontas soltas. 
De nada.

terça-feira

Argh! Estou doente!! Depois de um giro de 180 graus eu fiquei metralhado... Isso foi no ensaio de ontem, Segunda Feira. Achei de lanchar antes do ensaio e aí, deu no que deu.
Pra completar eu esqueci que domingo eu vou ensaiar o dia todo (!). Esqueci mesmo. Velho, faz um mês e meio que eu não sei o que é acordar um domingo em casa! Juro! Todo fim de semana acontece alguma coisa e eu tenho que dormir aqui no Centro. Parece macumba! Hahahaha!
Nesse último por exemplo, foi aniversário de Drika, e eu claro, não poderia faltar. Foi bom pra caralho! Adorei. Fora que eu pude trocar umas idéias de futuros projetos com meu querido Felipe Ferreira. Foi um fim de semana produtivo. Produtivíssimo.

A galera no níver de Drika
 Ah! Esqueci! Vou ser o operador de som da Luzes de Narciso no espetáculo A QUADRILHA. E dia 16 de outubro (doze dias antes do meu aniversário) eu encarno Joaquim, numa substituição ao meu querido Eduardo Matos, que infelizmente estará impossibilitado nesse dia. Por isso, tenho uma caralhada de texto pra decorar.

sábado

Sábado, 01:11 da manhã, e eu estou aqui no Centro Cultural vendo Adriana bater em Felipe.

Mas estou feliz!! Suuuuuuuper feliz! A vida de vez em quando nos prega umas surpresas que, sinceramente não esperamos... e agora estou desfrutrando de uma surpresa MARAVILHOSA... É, parece que dessa vez meu desejo foi atendido... Graças a deus... Ah! o Festival de Teatro foi o máximo, cansei pra caramba, foi trabalhoso, mas compensou. Quando acabou a premiação na segunda dia 06, eu desabei. Velho, eu caí! Literalmente. 

Mas foi muito bom, foi gostoso pra caramba(!!!). Aprendi muito nesse processo, me estressei pra caramba, mas eu faria tudo de novo.

E meu processo de aula no Centro Cultural está cada vez melhor. A turma de terça e quinta está numa vibe maravilhosa e espero conseguir isso com a galera de segunda e quartaEstou crescendo cada vez mais no meu processo pedagógico. E ter meus alunos instigados e inspirados me ajuda cada vez mais.  

O pessoal da Luzes de Narciso ganhou o prêmio de Melhor Espetáculo com Voto Popular!! (Uhuu!!) Que bom! Coroou o Festival com chave de ouro.

Vou parar por aqui com a apromessa de voltar a escrever em breve!! Fuuuuuuuuuui!!
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segunda-feira

E amando... (de novo!)

Voltei ao meu momento melancolia. Amar dói. Isso é uma verdade incontestável. Antigamente se eu lesse essa afirmação em qualquer lugar eu riria e diria é que era lugar-comum demais para o meu gosto. Mas é verdade. E quando eu digo que amar dói, é no sentido real da coisa. Uma dor que por mais psíquica que seja, se torna física, se for realmente amor.

Dói, mas ao mesmo tempo é bom. É gostoso, é dolorido, mas é de uma gostosura sem par. Velho, parece conversa de doido, mas é verdade. Amar é como dar um pulo no infinito sem pára-quedas. É uma loucura inebriante.
Eu já amei, amar de doer mesmo, duas vezes. E em ambas, não foram relações que me fizeram bem. Quisera eu ter o segredo de realização amorosa. Todo mundo quer isso. Por que amar é difícil? Por que quando a gente ama, a gente não ama a pessoa em si, ama aquilo que ela representa. Procuramos no ser amado, aquilo que nos falta. É por isso que as pessoas raramente se envolvem com quem vale a pena. Por que teimam em buscar só o que não possuem em si.

Não se sentir realizado não é uma particularidade de poucos. Aliás, é um medo da maioria de nós. Temos vidas diferentes, sonhos diferentes, mas temos em comum o desejo de que todas as nossas ambições sejam realizadas. E uma das principais ambições, é justamente a afetiva. Sabe aquele medo que algumas pessoas têm de ficar sozinhas? Pois então. Não tenho esse medo. Muito pelo contrário. Adoro ficar sozinho. Ter meu espaço, meus momentos, enfim, viver o meu mundo sabe? Sem ter que dar satisfação a ninguém sobre a minha vida. Mas nem tudo é como a gente gostaria que fosse. Infelizmente.

Bom. Esse papo todo de amor é só pra ilustrar meu atual estado de espírito! Estou amando. E eu estou adorando, mas dessa vez, e apenas dessa vez, eu não vou cair na mesma armadilha do meu último rolo. Agora eu vou ser mais prudente. Se é que alguém pode, ou melhor, consegue, ser prudente quando está amando. Mas eu prometo que vou fazer o máximo para manter a minha sanidade. Pode apostar que dessa vez eu vou tirar forças pra não ir tão baixo como antes.

Beijos e até mais!

E na série filmes que eu indico...

Bom, continuando a série de filmes que eu indico, está o filme Segredos de Cabaré ( Le Héros de la Famille).

Eu assisti ontem em meio à chuva de Salvador. Muito bom! Adoro esses filmes que tratam da relação entre as pessoas. Nada de bombas explodindo nem carros voando. Eu adoro mesmo é um bom drama familiar. E esse é ótimo. Confesso que nas primeiras cenas eu fiquei meio assim, querendo desligar a tv, mas me segurei e não me arrependi. Sério. Aqui vai a sinopse do filme.

"Gabriel passou quatro décadas gerenciando o Papagaio Azul, uma casa noturna parisiense onde se apresentava como drag queen e onde seu amigo Nicky se apresentava como mágico. Após sua morte, seus afilhados vêm a Paris para cuidar dos detalhes do funeral: Nino, um contador gay que traz seu jovem amante, e Marianne, editora de uma conhecida revista feminina. Também estão Simone, ex-mulher de Nicky e mãe de Marianne, e Alice (Catherine Deneuve), outra ex-mulher de Nicky e mãe de Nino. Quando o testamento é lido, para surpresa de todos, a propriedade do cabaré é dada a Nino e Marianne, que não têm o menor interesse de gerenciar uma casa noturna e anunciam que pretendem colocar o local à venda. Nicky deseja manter o Papagaio Azul aberto, mas não possui recursos para comprá-lo, apesar do fantasma de Gabriel visitá-lo freqüentemente pedindo que encontre uma solução de impedir que a casa feche."

Gostei sobretudo dos personagens Nino, Marianne, Simone e Alice. Muito bom. Foi a primeira atuação de Catherine Denauve que eu vi. E gostei. Imagino essa mulher em um filme com um personagem maior. Nossa. Adorei.



sábado

Verônika Decide Morrer!!

Tá um frio de lascar em Salvador, a tão conhecida terra do calor e do batuque. Acabei de assistr o filme "Veronika Decide Morrer", que é baseado no livro de mesmo nome do Paulo Coelho. Não curto muito o misticismo do Paulo, mas adoro esse livro. E Veronika está perfeitamente encarnada em Sarah Michelle Gellar, que eu adoro.

O filme conta a história de Verônika Daklava, uma aparentemente bem sucedida executiva, que decide morrer para não ter uma vida medíocre igual aos seus companheiros de trabalho, seus pais e etc. Para isso, ela toma uma série de comprimidos, que aliados à bebidas, a levam a uma overdose. Verônika sobrevive e é internada em um hospital psiquiátrico, onde receb a notícia de que sua tentativa de suicídio resultou em um grave problema cardíaco, o que significa pouco tempo de vida.

A partir daí o filme mostra as relações dela com os outros pacientes da clínica, entre eles Edward, um rapaz que é a sua porta para uma nova vida. Recomendo esse filme. Muito bom. Quem puder ler o livro, também recomendo. 

terça-feira

Definitivamente Maria Adelaide Amaral entrou pra minha lista de referências literárias. Já admirava essa portuguesa de alma brasileira que anualmente brinda a Tv brasileira com programas de alto teor estético e cultural. Fiquei em estado de estupor assistindo trabalhos seus como JK e A Casa das Sete Mulheres. Mas de todos os trabalhos de Maria Adelaide, o meu favorito é Queridos Amigos, de 2009. A minissérie é uma obra linda baseada no livro “Aos Meus Amigos”, da própria Maria Adelaide. Não perdi nenhum capítulo, e fiquei querendo mais quando acabou. Como um bom fã de drama, eu fucei bibliotecas e mais bibliotecas à procura do livro. Mas não achei. A história (do livro) se passa quando Léo (na série interpretado por Dan Stulbach) se suicida. É o estopim para o reencontro dos amigos dele, que estão envoltos nas suas próprias vidas:

Lena (Débora Bloch) é uma mulher que viveu intensamente sua paixão por Ivan (Luiz Carlos Vasconcelos), um homem casado. Nesse momento o relacionamento acabou, mais por uma iniciativa de Lena do que de Ivan. Bia (Denise Fraga) é apaixonada por astrologia e ocupa seu tempo em produzir mapas astrais. Nunca se casou, só tem relacionamentos volúveis. Tem uma péssima relação com a mãe, dona Iraci (Fernanda Montenegro). Benny (Guilherme Weber) é um bom vivant. Dono de um cartório de herdou do pai, vive muito bem e tem um desejo por garotos. Seco e sarcástico, tem o hábito de dizer as verdades que os outros não querem ouvir. Flora (Aída Lener) é a ex mulher de Léo. Nunca se sentiu parte do grupo de amigos do ex. Mãe de Chico (André Luiz Frambach), se ressente por não ter sido amada por Léo. Raquel (Maria Luisa Mendonça) é minha personagem favorita, é a típica mulher que se anula, que anula todas as possibilidades para se dedicar à família e ao marido. Seu mundo cai quando o marido Pingo ( Joelson Medeiros) resolve sair de casa para morar com sua amante Lorena (Fernanda Machado). Lúcia (Mallu Galli) vive um casamento feliz com Rui (Tarcísio Filho). Mas seu mundo cai ao descobrir que o marido mantém outra família. Tito (Matheus Nachtergaele) é o ex-marido de Vânia (Drica Morais), que não consegue aceitar a separação. Idealista Tito condena a ex-mulher por casar com um cara burguês, Fernando (Tato Gabus Mendes), a quem julga ser um alienado. E Pedro (Bruno Garcia) é um escritor que fez sucesso no passado e agora caiu no ostracismo.

Como se trata de uma adaptação, nem tudo pôde ser transposto para a tv. Alguns personagens ficaram de fora. Foi o caso de Caio, Adônis, Lauro e Ucha, que acredito ter sido transformada na personagem Karina (Mayana Neiva). Teve também uma mudança nas histórias. Na série, Vânia é ex-mulher de Tito (no livro ela era casada com Pedro e Tito com Lena).

Enfim, esses são os principais personagens dessa história que me comoveu na época da minissérie e me comoveu novamente com o livro. Eu recomendo pra caramba. Desde Ciranda de Pedra, de Lygia Fagundes Telles, que eu não sinto tanto prazer em ler um livro.

Aos Meus Amigos junta-se agora, ao lado de Ciranda de Pedra, Eu Sei Que Vou Te Amar, O Primo Basílio, Mar Morto, Pastores da Noite e Dom Casmurro, ao rol de best sellers que eu recomendo.

Encantado por Clara

Estou adorando a atual vilã da novela das oito. Clara (Mariana Ximenes) me desperta vários sentimentos ao mesmo tempo. Mas nada me tira o prazer de assistir às brilhantes cenas escritas por Sílvio de Abreu. Essa tendência a gostar de vilões da ficção não é só minha não. É só você dar uma pesquisada para descobrir que o lado negro da força é cultuado por uma multidão.

Nas novelas não é diferente. Temos exemplos fortes disso. O bom vilão é aquele que consegue mexer com os brios das pessoas. Os mais cínicos, amorais, são os que fazer mais sucesso. Laura (Cláudia Abreu) em Celebridade usava do cinismo para provocar os seus desafetos. Nazaré (Renata Sorrah) era outra, que em Senhora do Destino não perdia tempo em amolar os inimigos, apelidando-os de diversos nomes feios. Flora (A Favorita) se referia à própria filha Lara (Mariana Ximenes) como “purgantezinho”.

Enfim, adoro esses vilões. Às vezes nossa vida é tão chata que partir pra ficção é a saída. E colocar os demônios pra fora é muito gostoso. E ainda mais nas novelas, quando as maldades são de mentirinha. Para nós atores, é um exercício excelente. Eu tenho o meu vilão favorito. Trata-se de Iago, o pérfido servo de Otelo, de Shakespeare. Um dia vou ser um ator pronto o suficiente para interpretá-lo.
A verdade é que todos nós temos uma parte ruim. Só que somos podados de cometer as pequenas vilanias para podermos conviver em sociedade. Por isso somos obrigados a engolir sapos e mais sapos para evitar sermos indelicados com as pessoas, embora muitas vezes elas mereçam. Isso de dizer o que se pensa sem papas na língua, é visto como vilanice. Os personagens nas novelas que costumar ter esse excesso de sinceridade são classificados como vilões. Manoel Carlos criou três personagens que simbolizam bem isso.

Íris (Deborah Secco) em Laços de Família, Paulinha (Ana Roberta Gualda) em Mulheres Apaixonadas e Isabel (Adriana Birolli) em Viver a Vida. Claro, adorava todas elas, hehehe.

Eu testei isso na vida real. Acredita que na minha turma de faculdade (o serpentário) sou conhecido como o rei dos venenos. Por que? Porque eu costumo falar algumas verdades que são traduzidas como venenos. E olha que ali é cobra comendo cobra! KKKKK! Mas eu adoro provocá-los. É tão engraçado ver como eles se incomodam. Mas eles são tão venenosos como eu. Juro!

Enfim, sou apaixonado por vilões de telenovela, e ainda bem que temos Sílvio de Abreu por que estávamos precisando mesmo de um vilão decente. As duas últimas novelas das oito (Caminho das Índias e Viver a Vida) ficaram nos devendo isso. Viva Clara!
Decidi mais uma vez retomar eu projeto de adaptar Dom Casmurro pro teatro. Sei que é um projeto ambicioso, mas como não tenho uma idéia própria que valha a pena, o jeito é partir para adaptação, o que convenhamos, é muito mais cômodo. Estou há meses com esse projeto de DOM. Mas me atacou a maldita preguiça (sempre ela!) e abandonei tudo. Também, sem tempo pra nada devido à faculdade, eu sempre que tinha um tempinho vago corria pra descansar. Mas agora não vai ser mais assim. Vou me debruçar sobre o livro de Machado e vou me jogar. Quem sabe não ganho o Braskem? Mas enfim, devaneios à parte, tenho o desafio de enxugar o texto para que não fique pedante, e tenha um boa receptividade. Espero que eu não me desestimule no meio do caminho. Adoro a história de Bentinho e Capitu. É um personagem que eu tenho muita vontade de fazer. Se me perguntam qual o personagem que eu tenho mais vontade de interpretar respondo logo: Bentinho! Essa dúvida que martiriza a todos: Capitu traiu? Para mim, a moça de olhos de ressaca nunca traiu sue marido. Essa dor de corno (perdão mestre Machado) do personagem, é só mais um fruto de suas inseguranças. Capitu é inocente. É meu veredicto.

quarta-feira

ENTREVISTA: LETÍCIA DORNELLES



ENTREVISTA – LETÍCIA DORNELLES

Ela é uma das minhas autoras favoritas de novelas. Escreveu a versão brasileira da novela AMIGAS E RIVAIS (2006), a melhor novela já produzida pelo SBT. Atualmente escreve para o programa Show do Tom, na Record. Letícia Dornelles é uma grande escritora, que não tem papas na língua. Seus posts ácidos e sinceros são um show à parte no Twitter. Abaixo vai uma entrevista que tive o prazer de fazer com essa grande mulher e escritora.

01 - LETÍCIA, COMO FOI O INÍCIO DA SUA CARREIRA? COMO VOCÊ DESCOBRIU QUE TINHA TALENTO E QUE QUERIA SER ESCRITORA / ROTEIRISTA? QUAIS AS SUAS INFLUÊNCIAS NA ÁREA LITERÁRIA?

Sou jornalista. Trabalhei alguns anos em TV como repórter e apresentadora antes de optar pela ficção. Quis dar um novo rumo à minha carreira, ampliar meus horizontes profissionais. Não me importava muito em abandonar o vídeo. Não tenho esse tipo de vaidade. A experiência como jornalista me ajudou no trabalho de escritora. É preciso conhecer o mundo, as pessoas, saber observar, para poder falar sobre isso. A experiência profissional somada à experiência de vida molda o escritor. Li um anúncio de jornal convidando novatos a enviarem um roteiro para concorrer a uma vaga na Oficina de Autor da Globo. Eu escrevia poesias esporadicamente. Mas nunca havia escrito um roteiro, nem tinha feito qualquer tipo de curso sobre o assunto. O anúncio dava um tema para ser desenvolvido em forma de roteiro. Meu trabalho foi selecionado entre 600 roteiros. Alguns de autores teatrais, pelo que soube. Desses 600, 30 fizeram nova prova. E apenas 12 começaram o curso, que era eliminatório. Durante três meses fui aluna. E no final, disputei a vaga com um rapaz. Apenas eu fui contratada. Estreei na novela Por Amor, colaborando com Manoel Carlos. Foi uma estréia luxuosa, em horário nobre. Manoel conheceu meu trabalho e me convidou. Disse que eu escrevia no estilo dele. E que tínhamos “química”. Gostava das novelas do Maneco e também do Gilberto Braga. São elas as minhas influências no texto.

02 - ESCREVER NOVELAS É UM TRABALHO ÁRDUO. AGUINALDO SILVA DIZ QUE É UM TRABALHO BRAÇAL. COMO SE DÁ O SEU PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UMA TRAMA, DESDE O ARGUMENTO ATÉ A SINOPSE PRONTA?

Não existe uma fórmula. Cada autor tem seu método particular de desenvolver o trabalho. Não gosto de técnicas. Soa como algo sem vida. Vou pela intuição. A sinopse é o mais “chato” pois parece dizer que é uma obra já totalmente fechada, pensada. E novela alguma respeita 100% a sinopse. Ali contém a idéia base da trama. Mas só o dia a dia é capaz de ditar os reais rumos de cada situação e personagens. Abro o computador e deixo o texto fluir. Uma cena puxa a outra. Depois de uma semana, os personagens ganham vida e falam sozinhos. Eu apenas digito o que me sopram... Novela é uma tourada diária. Cansa mesmo. No fim de um capítulo, o autor está esgotado emocionalmente. Muito mais do que o aspecto físico. Dizem que escrever é 90% transpiração e 10% inspiração. Não chega a tanto. Mas é quase... Tem de ser criativo e coerente.

03 - QUAIS OS SEUS ÍDOLOS NA ÁREA DA TELEDRAMATURGIA? TEM ALGUM AUTOR COM QUEM VOCÊ GOSTARIA DE TRABALHAR?

Não tenho ídolos. Há autores cujo texto admiro. Gosto do trabalho de Maria Adelaide Amaral. É o melhor texto feminino da TV. É culta e coerente.

04 – COMO SE DEU SUA ENTRADA NA TELEVISÃO?

Estreei como repórter do Fantástico. Em seguida, fui deslocada para o Globo Esporte. Gosto de TV. Não saberia viver de outra maneira.

05 - VOCÊ ADAPTOU EM 2007 A NOVELA AMIGAS E RIVAIS, TRAMA MEXICANA, QUE FOI EXIBIDA NO SBT E NA QUAL HOUVE CORTES NA RETA FINAL. COMO VOCÊ LIDA COM ESSAS SITUAÇÕES E QUAL FOI A PIOR EXPERIÊNCIA, COMO AUTORA, QUE VOCÊ TEVE?

A novela Amigas e Rivais foi a maior alegria da minha carreira até aqui. Foi uma adaptação em que tive liberdade do meio em diante. No começo, só podia mudar os diálogos, sem tirar ou acrescentar cenas. Era muito tolhido. Impossibilitava a real adaptação ao Brasil. Infelizmente, houve um rompimento da Televisa com o SBT na reta final e isso fez com que a novela sofresse as conseqüências. Tivemos muitas mudanças de horário que nos prejudicaram. Mas faz parte. Hoje penso que a emissora está mais madura e não altera tanto os horários. É um avanço. Não tive experiências ruins. Tudo é válido.

06 - QUAL A NOVELA QUE VOCÊ GOSTARIA DE TER ESCRITO?

Dancin Days do Gilberto Braga.

07 - VOCÊ GOSTA DE FAZER ADAPTAÇÕES? QUAL VOCÊ AINDA TEM VONTADE DE FAZER?

Estou aberta a qualquer trabalho . Não tenho preconceito com adaptação. Sendo uma novela bacana é uma honra adaptar.

08 - O MERCADO DE TRABALHO PARA UM JOVEM ROTEIRISTA É UM DESAFIO. VOCÊ ACHA QUE HOUVE UMA MELHORA NESSE SETOR, COMPARADO AOS ANOS 90?

Ainda é complicado. Os novatos têm dificuldade em entrar no mercado. Ninguém em sã consciência entrega uma novela solo a um novato. São milhões ali investidos. O profissional deve ter consciência disso. Cada passo de uma vez.

09 - LETÍCIA, VOCÊ FOI COLABORADORA DE MANOEL CARLOS, EM POR AMOR, UM DOS MAIORES SUCESSOS DA DÉCADA DE 90. QUAL O MAIOR APRENDIZADO QUE VOCÊ TEVE, AO TRABALHAR COM UM DO MAIORES REFENCIAIS DA NOSSA TELEDRAMATURGIA?

Foi minha estréia em novelas. A convite do Maneco. Uma experiência profissional e de vida muito rica. Admiro o trabalho dele. Mas não gostaria de repetir essa experiência. Foi um rio que passou em minha vida.

10 - A REDE RECORD VOLTOU A INVESTIR EM TELEDRAMATURGIA DESDE 2004, COM “A ESCRAVA ISAURA” DE TIAGO SANTIAGO. COMO VOCÊ VÊ ESSA QUEBRA DO MONOPÓLIO DA TELEVISÃO BRASILEIRA, NÃO SÓ NA ÁREA DE TELEDRAMATURGIA?

Excelente para todos os profissionais e também para o público. O povo é apaixonado por dramaturgia. Além disso, é a maior fonte de recursos que a TV recebe. Não se pode ter apenas uma rede investindo em novelas. Ficamos reféns deles... É fundamental a concorrência.

11 - SEUS TEXTOS, NA MAIORIA DAS VEZES, PRIMAM PELO HUMOR. É UMA ÁREA QUE VOCÊ GOSTA MAIS DE TRABALHAR? VOCÊ PREFERE DRAMA OU COMÉDIA?

Novela tem de ter todos os ingredientes e o humor é um deles. Como os personagens ficam simpáticos ao público acabam se destacando. Mas não me considero especialista. Gosto da dramaturgia como um todo. O drama tem seu valor. O humor serve para a trama respirar. É o chamado COMIC RELIEF: a pausa para a respirada com o riso. Ninguém suportaria ver uma novela com 45 min diários de dramalhão. O riso faz a trama ganhar ritmo e fôlego. Dá tempo de o público acalmar o coração até o próximo drama.

12 - QUAL A DIFERENÇA ENTRE UM ROTEIRO DE NOVELA E DE UM PROGRAMA DE HUMOR?

Tudo é diferente. Não há nem como buscar diferenças. Teria de tentar achar alguma semelhança... O ritmo é outro, a seqüência de cenas é outra, a agilidade dos diálogos é outra...

13 - A MAIORIA DOS AUTORES, ESCREVE COM UMA EQUIPE. VOCÊ ESCREVE SOZINHA OU COM COLABORADORES?

Até hoje em meus trabalhos solo escrevi sozinha. Para mim é mais prático. Sou rápida e desenvolvo os capítulos na medida em que penso a trama. Abro o computador e deixo fluir.

14 - QUAL A MAIOR DIFICULDADE AO ADAPTAR UMA TRAMA MEXICANA?

A verba. A novela mexicana tem muitas viagens, muitos personagens, muita reviravolta. Para adaptar temos de cortar muito da trama original. Com isso, os fãs estranham um pouco. Além de algumas situações não serem críveis para a realidade brasileira. A cabeça do público é outra. Não se pode contar a história da mesma maneira.

15 - QUAIS OS ATORES COM QUEM VOCÊ SONHA EM TRABALHAR?

Com os bons e os ótimos. Os pingüins sem sal e os sem talento não me interessam.

16 – QUE CONSELHO VOCÊ DÁ PARA UM JOVEM QUE PENSA EM SE AVENTURAR PELA ÁREA DE ROTEIRISTA DE TV E CINEMA?

Escreva muito, leia muito, assista muitos filmes e novelas, observe o desenrolar do roteiro, a edição. Da observação vem a melhor escola.


Quero expressar aqui minha satisfação em ter conhecido essa grande mulher que é Letícia Dornelles!! Valeu Tia! Hehehehe!

Novelas Inesquecíveis

Finalmente Viver a Vida acabou e chegou Passione! Não agüentava mais o chove e não molha da trama de Manoel Carlos. Chego a afirmar que foi a trama das oito que eu menos acompanhei nos últimos cinco anos. Dia desses estava me lembrando das minhas novelas favoritas. E olha que são tantas...

Tenho na verdade, novelas favoritas de cada autor. De Manoel Carlos a Glória Pérez. De Sílvio de Abreu a Gilberto Braga. Da Globo a Record. Gosto de qualquer tipo de Dramaturgia. Sem exceção.

Vou fazer um mix dos meus autores e tramas favoritas.

Sílvio de Abreu – O autor da atual novela das oito não é meu favorito, embora eu admire seu trabalho como criador de dezenas de cenas antológicas da história da tv. De todas as suas novelas, minha favorita é A INCRÍVEL BATALHA DAS FILHAS DA MÃE NO JARDIM DO ÉDEN ou AS FILHAS DA MÃE (2001). Tive a oportunidade de ler a sinopse, que é sen-sa-ci-o-nal! Muito inteligente e com situações divertidíssimas, a novela não foi bem aceita pelo público. Mas eu adorei. Também amei BELÍSSIMA. Porém ainda fico com AS FILHAS DA MÃE.


Gilberto Braga – CELEBRIDADE (2003) é a minha escolha no quesito Gilberto Braga. A cena da briga de Maria Clara (Malu Mader) e Laura (Cláudia Abreu), entrou pra história. E a novela me prendeu do início ao fim. Amei. Mas VALE TUDO, que eu não acompanhei diariamente, pois não é do meu tempo, também é ótima. A cena de Solange (Lídia Brondi) batendo em Maria de Fátima (Glória Pires) é uma das minhas favoritas. Revejo sempre no YOUTUBE. Clássico.


Manoel Carlos - É de autoria de Maneco minha novela favorita. MULHERES APAIXONADAS (2003) me conquistou desde o começo e foi a primeira novela a conseguir a proeza de me fazer chorar. Chorei horrores no último capítulo da trama. Dóris, Raquel, Lorena, Marina, Luciana, Diogo, Estela vão continuar pra sempre no meu coração. Linda novela.

Aguinaldo Silva – Deste pernambucano arretado, sem papas na língua escolho PORTO DOS MILAGRES (2001). Embora Aguinaldo declare não gostar muito desta novela, que é uma adaptação de duas obras de Jorge Amado (A descoberta do Brasil pelos Turcos e Mar Morto), eu tenho um tesão por ela, justamente por ser a mescla de duas linguagens que eu adoro: a novela e literatura. Porto foi a primeira novela das oito que eu acompanhei, e não me arrependi.

Glória Pérez – Da minha autora favorita eu destaco AMÉRICA (2005). Ainda hoje revejo cenas desta novela inesquecível, que falava dos sonhos das pessoas. Linda história e com personagens inesquecíveis. Curiosamente, foi uma trama muito rejeitada inicialmente, mas que depois se firmou, embora não seja considerada a obra prima de Glória, é a minnha favorita.

João Emanuel Carneiro – COBRAS E LAGARTOS (2006) é minha escolha. Embora tenha nos brindado com uma vilã excepcional em A FAVORITA, João arrasou nessa novela ágil, divertida e que deu monstruosos picos de audiência, recuperando a audiência, instável desde BANG BANG. Quem não se lembra do Foguinho (Lázaro Ramos)? E de Ellen (Taís Araújo)? E de Leona (Carolina Dieckmann), a sub-loura? Adorei COBRAS E LAGARTOS.

Benedito Ruy Barbosa – Benedito é o autor que menos assisti. Odeio o jeito dele de escrever. Meloso demais, poético demais. Chato. Mas de todas suas novelas, eu fico com a segunda versão (claro!) de CABOCLA (2004). O resto não tive paciência de assistir.


Walcyr Carrasco – O mago das seis (e depois de Caras e Bocas, da sete também!) fez trabalhos excepcionais. De Xica da Silva à Alma Gêmea. Mas, de todas, eu fico com CHOCOLATE COM PIMENTA (2003).

Tiago Santiago – Tiago é o autor que mais me irrita. Mais do que Benedito (risos). Ele tem uma mania horrível, que eu apelido de Síndrome de Manoel Carlos. É aquela coisa de ficar dando lição de moral, o que deixa novela chata, com um didatismo INSUPORTÁVEL. Sua novela mais legal foi a sua versão de A ESCRAVA ISAURA (2005). A Record arrasou na produção da novela, o que me faz assití-la sempre que reprisada.






Outros autores que eu curto (ou não) e seus trabalhos mais legais.

GISELE JORAS – BELA, A FEIA (2009)
MARGARETH BOURY – ALTA ESTAÇÃO (2006)
LETÍCIA DORNELLES – AMIGAS E RIVAIS (2006)
IVANI RIBEIRO – A VIAGEM (1994)
JANETE CLAIR – SELVA DE PEDRA (1972)
DIAS GOMES – ROQUE SANTEIRO (1986)
WALTER NEGRÃO – ERA UMA VEZ... (1997)
CARLOS LOMBARDI – PÉ NA JACA (2006)
ANA MARIA MORETZSON - ESTRELA GUIA (2001)
ANTÔNIO CALMON - O BEIJO DO VAMPIRO (2003)
ELIZABETH JHIN - ETERNA MAGIA (2006)
RICARDO LINHARES - PARAÍSO TROPICAL (2007)
MARIA ADELAIDE AMARAL - ANJO MAU (1997)

quinta-feira

Eu e minhas atividades!!!



Oi meu amigo... Desculpa se te deixei meio de lado esses dias. É que são tantas coisas a fazer. Estou na rotina louca de faculdade e ensaios. Acho que estou fazendo coisas demais.

Olha só: faculdade se segunda a sexta (das 13:30 às 18:30, isso sem incluir os trabalhos da faculdade, que geralmente são feitos no horário da manhã, o que me faz às vezes passar dias inteiros na Escola de Teatro), ensaios da Terra Brasilis às segundas e quartas, o processo do NIT (Núcleo de Investigação Teatral) às terças e sextas, e ensaios e produção dO Menino e a Fada aos sábados e domingos. Ufa! Acho que vou pifar!!

Eu adoro estar cheio de atividades de teatro pra fazer. Acho realmente instigante. Mas acho que dessa vez eu exagerei. To sem tempo pra nada. Nem pra me divertir. To com uma pilha de filmes que comprei e anda não assisti graças a essa falta de tempo. Ando querendo dar uma geral nessas minhas atividades. Dar um tempo na Terra Brasilis, que não sai do lugar, o que me deixa totalmente desmotivado, estrear O Menino e a Fada (e depois tirar um período sabático), me dedicar mais ao NIT, levar mais à sério minha graduação, enfim, me sentir realmente feliz fazendo isso tudo.

O processo na Terra Brasilis está chato. Não sinto mais aquela energia sabe? Depois que entrou a galera nova eu acho que perdi alguma coisa. Não sei o quê. Gosto muito do pessoal novo. Acredito que o problema está comigo. Não saí do grupo ainda por consideração à galera, e principalmente ao Fábio, que me deu a oportunidade ano passado sem nem me conhecer direito. Estou lá por que eu quero somar. Mas cada dia que chego para ensaiar e temos mais uma roda de conversas e discussões sobre os mesmos temas (faltas, atrasos e etc) parece que morre alguma coisa em mim. Sinceramente não sei no que isso vai dar.

O Menino e a Fada estréia na escola Via Magia dia 07 de junho. Serão apenas três apresentações nesse dia, e depois entraremos em processo de divulgação para levarmos o espetáculo para outros locais (escolas, festivais e etc). Estou ansioso, pois será minha volta ao universo teatral infantil depois de quase dez anos. Lembro-me de quando ainda na escola, eu adaptava Monteiro Lobato para apresentar para as turmas mais novas. Bons tempos.

Essa faculdade que me anda tirando o sono. São trabalhos e mais trabalhos, e muito pouco tempo para executá-los. Nem sei se vou ser aprovado esse semestre. Mas estou tentando. Não fiz a inscrição para o PIBID e me arrependi. Poderia estar ganhando minha graninha. Meus 350 reais. Buááááá! Mas vem aí o ACC e vou tentar.

O NIT é um processo de pesquisa teatral com algumas pessoas da Escola de Teatro e de outros lugares também. Organizado por minha querida amiga Cássia, o processo é coletivo, e abrange diversas áreas da prática teatral. É um processo voltado principalmente para pessoas que estão paradas, sem atuar (o que não é meu caso). Estamos bem no início do processo, mas já é bem instigante.

Ah! Já ia me esquecendo. Nessa sexta dia 21 de maio, vou estar no MAFRO (Museu Afro Brasileiro), no Pelourinho, fazendo uma apresentação em virtude da comemoração do mês dos Museus. Serão recitais performáticos com poesias angolanas. Estou ensaiando nas minhas folgas (e tenho?) e depois posto as fotos. No processo estão Cássia Domingos, Liu Vilares, Elinaldo Nascimento, Val Nunes, Vinícius Sena e eu, claro.
Enfim, estou tentando organizar minha agenda. Com muitas dificuldades e com alguns cabelos brancos lá vou eu. Nesse post estão algumas fotos dos bastidores dO Menino e a Fada. Beijos e até breve.




terça-feira

E o importante é viver sempre...

Já é quase meia noite. Hoje é sábado. Daqui a poucos minutos será domingo. Tento controlar o fluxo de lágrimas que insiste em brotar continuamente dos meus olhos. Acabo de ler um conto de um amigo meu, Elinaldo, O conto se chama Inflorescência. Ele conta a história de Nat, um garoto que sofre de câncer. A história é narrada em terceira pessoa, por uma garota, amiga de escola de Nat.É triste por que ele morre no final. Isso me fez parar pra pensar no quanto somos breves. Breves nesse egocentrismo ridículo. Nessa maneira vil e insossa de achar que somos sempre o centro de tudo.  Como seria bom se pudéssemos parar o tempo em determinadas partes da vida. Fazer uma tarde de primavera se estender, de maneira que deixasse seu perfume exalando por jardins e cachoeiras. Ter a sensação de que o mundo lhe pertence, de que você é dono da magnífica força que te move, a força da vida. Como seria se eu acordasse e alguém me dissesse que a minha vida a partir de agora será uma sucessão de ações repetidas? Imagine não ter o gozo de viver intensamente as novidades e surpresas desenhadas erroneamente por um anjo barroco numa nuvem colorida.  Viver meus sonhos, cada vez maiores e mais indecifráveis. Viver meus sentimentos sem reprimi-los ou moldá-los ao bel prazer da sociedade. Sonhar somente por sonhar. Amar somente por amar. Viver somente por viver.

quinta-feira

Projeto Theorós - Divulgação de Trabalho


No último final de semana em Salvador, realizou-se o projeto Theorós, uma produção Brasil e Colômbia. O projeto consistiu em performances na praça do Campo Grande, com participação de artistas baianos e colombianos. Na montagem do projeto, foram escolhidos três jovens da Universidade Federal da Bahia. Os universitários escolhidos puderam participar da montagem nos dois dias (23 e 24), que culminou com as performances em praça pública no sábado, dia 24. Um dos três jovens foi o esplanadense Thiago Oliveira.
Disposto a divulgar cada vez mais o nome da nossa cidade, Thiago, que é ator e aluno da UFBA, do curso de Licenciatura, foi escolhido por Andrés Murilo, o coordenador do Projeto Theorós, juntamente com outros dois universitários, Franclin Rocha e Seiva Carvalho.
A segunda etapa "Theorós (etapa 2)" projeto de intervenção urbana e performance busca mostrar um modelo alternativo de identidade local, que não se enclausure dentro dos modelos de identidade construídos anteriormente, através da construção de um contra monumento que reconfigure a maneira como se tem estabelecido a identidade brasileira desde a representação do 2 de Julho (monumento localizado na Praça do Campo Grande), dia que comemora a Independência da Bahia.
“Acho importante essa interação da cultura brasileira / baiana à cultura de outros paises. Essas intervenções culturais são formas de divulgar ambas as artes. Tanto Teatro, como Dança e Música estiveram presentes nesse evento, que é recomendado a todas as idades. Pra mim, saído de uma cidade do interior, é um privilégio trabalhar nesse processo cultural. Espero que tenhamos mais incentivo para eventos como esse”.– Thiago Oliveira.
Essa edição Brasil do projeto teve a participação do Governo Federal na produção, através de editais de Cultura.
Para Mais Informações: www.theoros.cero29.org

[Para vermos que Esplanada está sendo divulgada... ainda de de uma forma pequena rsrsrsrs)

segunda-feira

Novidades Na Grade da Globo!!

Tô curtindo pra caramba essa nova temporada de seriados da Globo. Esse ano de 2010 tem uma grade que promete. Na grade de abril, voltaram A Grande Família (essa temporada sem a presença de Andréa Beltrão, já que a mesma, estará de volta no segundo semestre no Programa Piloto, com minha diva Fernanda Torres) e Força Tarefa. No campo das novidades tivemos as estréias de SOS Emergência, A Vida Alheia e Separação.

SOS Emergência é um ótimo programa de fim de noite, perfeito para desanuviar as idéias depois da enxurrada de notícias ruins que vemos no Fantástico. Com um texto inspirado de Daniel Adjafre e Marcius Melhem, o programa é engraçadíssimo. O elenco está afiado. Marisa Orth é sempre ótima. Ney Latorraca, Maria Clara Gueiros, Fernanda de Freitas, Fábio Lago também são destaques. Somente Bruno Garcia está repetitivo. Quase uma cópia de seus personagens anteriores (vide Coração de Estudante, Pé na Jaca, Kubanacan).


A Vida Alheia me decepcionou. Eu esperava bem mais do programa de meu ídolo Miguel Falabella. Mas não me apresentou grandes novidades. O programa só vale pela, como sempre, ótima participação de Marília Pêra. Cláudia Gimenez está esquisita como Alberta Peçanha. Danielle Winits não convence na pele da repórter Manuela. E Paulo Vilhena, bom... Deixa pra lá. As tramas são bobinhas, insossas.

Já em Separação, eu ri horrores. Adorei o programa. Débora Bloch já é uma atriz excelente, e nas mãos do trio José Alvarenga – Fernanda Youg – Alexandre Machado, só podia arrasar como a quase separada Karin. Vladmir Brichta também está acertando o tom de seu Agnaldo. Enfim, é o suficiente para me fazer esperar pacientemente pelo fim do Globo Repórter às sextas feiras.

Na questão novela, ainda não pude assistir muita coisa de Escrito nas Estrelas. O que é uma pena. Gosto muito do trabalho de Elizabeth Jhin. Adorei Eterna Magia, e espero que sua nova trama conquiste o público. No elenco temos nomes excelentes como Antônio Calloni, Zezé Polessa, Débora Falabella, Carol Castro, Carolina Kasting, Walderez de Barros, Jandira Martini, Carlos Vereza, Cássia Kiss, Gisele Fróes, Suzana Faini. Só não curto Humberto Martins como protagonista. Não tenho nada contra ele. Apenas não o acho com carga dramática o suficiente para um personagem como Roberto Aguilar. Os protagonistas jovens, Nathália Dill e Jayme Matarazzo, demonstram grande química. E a história é linda, cativante, enfim, tudo o que uma novela das seis tem que ser.

Agora espero ansiosamente por Passione, que estréia mês que vem. Esse marasmo de Manoel Carlos em Viver a Vida já me encheu a paciência. Esse drama de Luciana, a indecisão de Helena, as brigas dos gêmeos, tudo isso já deu o que tinha que dar. To louco pra ver as mirabolantes tramas de Sílvio de Abreu e mais ansioso ainda pra ver a vilã de Mariana Ximenes. Reynaldo Gianecchine vai debutar como vilão também. Fred e Clara prometem. No mais, agora é esperar passar os dramas de Viver a Vida e esperar por Passione.

sexta-feira

Ode às Mulheres

Denominado geralmente como sexo frágil, as mulheres foram conseguindo pouco a pouco seu espaço numa sociedade preconceituosa e intolerante. Julgadas e pré-condenadas por nós, homens, a estarem sempre num patamar abaixo do que por direito lhes pertence, esses enigmáticos seres que, ora se mantêm servis e fiéis, ora mostram sua verdadeira força, seja no comando de grandes empresas ou mesmo, nos momentos de fragilidade daqueles que as cercam, souberam através da perseverança transformar o meio em que viviam.

Não existe no mundo criatura igual à mulher. Nem em sua estrutura física nem em sua magnitude. Construídas pelo Criador em material até hoje não desvendado, esconde no seu interior uma força capaz de mudar o mundo. Mulheres são capazes das maiores loucuras em nome do seu amor. Lembrando que a única loucura aceitável é a que provém da paixão. Mulheres não são um pouco nem demais. São sempre na medida certa. Ai daquele que não seja digno de tão doce e cândido ser. Um ser que é capaz de se anular por aqueles que ama.

Eu cresci num ambiente cercado delas. Mães, tias, irmãs, primas, professoras... Enfim, toda uma rede que fez com que eu pudesse ver o quão complexa é a alma feminina. Homem sofre, sente dor, ama. Mas não demonstra. Mulher sofre, sente dor, ama. Mas assume. Lança-se ao desconhecido, numa busca incessante por um sentimento que a preencha e que lhe sirva de acalanto nas horas de solidão.

A vida mostra a essas mulheres desde cedo a dureza de um mundo torto que insiste em negar-lhes o direito de comando de suas próprias existências. Belas por natureza, intensas como amores juvenis em manhãs de primavera, elas permeiam nossas humildes vidas masculinas, trazendo consigo leveza e suavidade. Seus olhos são diamantes que iluminam os caminhos tortuosos que levam à felicidade. Seus cabelos, extensos caracóis, nos envolvem como teias que se enlaçam como uma constelação a brilhar numa galáxia distante. Seus seios, duas montanhas que, do alto da sua magnitude, conduzem seus parceiros ao êxtase, a um prazer sem limites nem mediadores.

Ai daquele que nega à mulher o direito de amar e ser amada. Ai daquele que, no alto do seu coração gelado e das convenções sociais toscas, deixe de contemplar e se embelezar com esse projeto celestial que lhe foi dado de presente. Ame a todas elas. De todas as formas e variações possíveis. Com todo seu corpo e sua alma. Com toda intensidade

E Quando a Chuva Passar...

Salvador está sendo castigada com um temporal danado. Chuva que está causando desmoronamento, caos, transtornos no trânsito e etc. Essa semana tive minha primeira experiência num engarrafamento. Cara, a gente se sente tão impotente numa situação como essa. É uma coisa chata, irritante. Não tive ensaio por que os outros atores não compareceram. Por um lado foi bom, por que a chuva não parava de aumentar. Minha sorte foi que meu ônibus passou logo. Nossa, comemorei horrores. - Ebaaaa! Vou chegar em casa cedo, pensei eu. Ledo engano. Até metade do caminho, tudo na mais perfeita ordem. Até então só felicidade. De repente tudo para. Carros, ônibus, todos concentrados numa imensa fileira que não se movia de jeito nenhum. Então, quando meu querido ônibus parou, meu relógio marcava exatamente 20:00. Só consegui pôr os pés em casa três horas depois.

Mas não fiquei chateado não. Aliás, eu só achei chato ficar três horas sentado com uma velha irritante do meu lado, a qual não parava de falar sobre o nível da água, que por sinal estava realmente alarmante. Nesse ínterim, aproveitei para tentar ler um livro muito interessante sobre dramaturgia, mas como não consigo ler em movimento (embora o movimento fosse pífio). Deixei o livro pra lá e tentei relaxar e tirar um cochilo. Também não funcionou.

No fim, me distraí observando a chuva que caía. Eu sempre tive uma relação muito legal com a chuva. Adoro. Talvez não tenha nada a ver, mas, como sou de um signo de água (Escorpião), eu adoro água. A maioria das pessoas odeia chuva e me olham torto. Mas eu não estou nem aí. Embora eu fique triste com as tragédias espalhadas ao redor da cidade, não quero que a chuva passe tão cedo. Sinto-me tão bem ao acordar e sentir a água escorrendo no telhado. Tem coisa mais poética que isso? Futuramente penso em morar num lugar que só chova. Lugares frios, úmidos, são realmente a minha praia. Uma coisa meio européia (risos). O meu único transtorno em relação à chuva é a impossibilidade de sair de casa. To perdendo aulas pra cacete por causa das enchentes, que justamente acham de surgir no meu caminho Tenho fé de que tudo vai se normalizar. Mas que eu vou sentir falta da chuva, ah isso eu vou sim!

segunda-feira

Melhores do Ano!



Acabou agora a pouco a premiação dos melhores do ano no programa do Faustão.Curti pra caramba! Aliás, eu adoro premiações: Oscar, Grammy, Latin Grammy, Melhores do Ano, Troféu Imprensa, Prêmio Contigo, enfim, toda e qualquer premiação artística eu gosto.Esse ano tive o prazer de ver meus candidatos ganharem. Geralmente sempre quando eu torço pra alguém esse alguém perde. Pé frio total. Mas esse ano deu quase tudo certo.

Na categoria cantor eu confesso que fiquei decepcionado. Torcia por Seu Jorge, mas ganhou Padre Fábio de Mello. Sem comentários.

Jornalismo. Esse ano competiam (novamente) Patrícia Poeta e Tadeu Schimitd, com a presença estelar de William Bonner, já que ano passado os dois já citados anteriormente concorreram com a brilhante Fátima Bernardes. Willian ganhou, fiquei satisfeito, mas embora confesse a minha torcida por Patrícia Poeta.

Esporte. Adriano? Ronaldo? Não achei nada que relevasse essas indicações. Mesmo assim, foi justa e honrada a vitória de César Cielo, um grande achado do nosso atletismo, vide o blefe que foi com meu xará Thiago Pereira.

Grupo ou dupla musical. Torci ardorosamente pelo Skank, grupo que eu passei a amar há pouco tempo. Eles concorriam com Exaltasamba e Victor e Léo, que levaram a estatueta para casa. Não cheguei a ficar puto, mas eu preferia Skank.

Revelação Musical. Cara, eu tinha certeza que seria Maria Gadú! Já dava como certa a vitória dessa pequenina de voz potente, por isso fiquei de cara com a vitória do Luan Santana. Mas ele realmente se destacou pra caramba no meio fonográfico.

A categoria que lavou minha alma esse ano foi Melhor Cantora. Ivete Sangalo, Cláudia Leitte e Tânia Mara eram as concorrentes. Outra vitória que eu já dava como certa, era a de Ivete nessa categoria. Caí do cavalo, e com muito bom gosto diga-se de passagem, com a vitória de Claudinha, que cantou minha música querida (As Máscaras). Mas o que eu mais gostei, foi de ver a relação super amistosa das duas grandes estrelas baianas. Eu devo ressaltar que não acredito nessa maledicência que a imprensa inventa, nessa suposta rivalidade que ficam criando, o que faz com que os fãs de ambas briguem e vivam nesse clima tenso. Adorei ver Ivete e Claudinha abraçadas e mostrando que não existe nenhuma rivalidade maléfica como insistem em dizer. Ganhei minha noite.

Vamos agora para minhas categorias favoritas: as categorias de atuações.

Vamos começar por ator\atriz mirim. Ano passado não teve nenhuma criança que se destacasse muito na telinha. Os pequenos Cadu Pascoal e Karina Ferrari, de Caminho das Índias, não fizeram grande coisa na novela. São bonitinhos e só. Klara Castanho arrasa na telinha desde setembro do ano passado como a terrível Rafaela da novela Viver a Vida. Esse ano realmente foi da pequena que vem arrasando na novela, contracenando com gente do calibre de Tais Araújo, Giovanna Antonelli e José Mayer. Essa pequena vai longe. Espontânea e cativante Klara é um talento nato.

Ator coadjuvante eu já esperava a vitória de Bruno Gagliasso. O esquizofrênico Tarso, de Caminho das Índias foi um dos seus maiores, senão seu maior, momento na tv. Dira Paes recebeu, muito merecidamente o troféu de atriz coadjuvante. A Norminha foi um alvoroço em 2009, saindo da sombra da falsa beata Creusa (Juliana Paes) de América (2005), também da autora Glória Pérez. Norminha evoluiu a ponto de monopolizar atenções e dividir opiniões. Mais um mérito a Dira, que é uma atriz excepcional. E olhe que suas concorrentes ao prêmio tinham iguais chances de ganhar, tanto Cléo Pires, pela invejosa Surya, e Letícia Sabatella, com sua psicopata Yvone. Mas deu Dira na cabeça.

Ator Revelação foi Mateus Solano. Eu torcia por Marco Pigossi, o Cássio de Caras e Bocas, mas Mateus levou o prêmio pelos gêmeos de Viver a Vida, e pelo seu Ronaldo Bôscoli, de Maysa.

Atriz revelação foi a ótima Adriana Birolli, pela Isabel, de Viver a Vida. Foi uma revelação mesmo. A Isabel é responsável pelas melhores cenas de briga da novela. Suas concorrentes eram Bárbara Paz, que está muito bem como a alcoólatra Renata, e Paloma Bernardi, pela Mia. Das três, Adriana realmente é a revelação do ano.

Ator. Essa foi uma zebra total. Eu esperava a vitória de Rodrigo Lombardi, o Raj de Caminho das Índias, ou até mesmo o recordista de vitórias Tony Ramos, pelo Opash. Mas deu Eriberto Leão, o Zeca, de Paraíso. Foi um prêmio que eu não esperava. Fiquei de cara também.

Em Atriz se deu a já esperada vitória de Alinne Moraes. Lília Cabral vem fazendo um trabalho excelente como a Tereza de Viver a Vida. Arrisco a dizer que Lília é nossa Meryl Streep. É daquelas atrizes que sabe o que fazer com um papel. Ela transforma um papel coadjuvante em uma força poderosa que chama a atenção em qualquer elenco que ela estiver. Lília é uma deusa. Juliana Paes teve um 2009 emblemático. Saiu de uma novela de sucesso (A Favorita) para protagonizar uma outra ambiciosa, mas que conquistou o público. Sua personagem, Maya, teve nuances que foram muito bem exploradas por Juliana. Mas apesar disso, o ano foi de Alinne Morais. A personagem Luciana virou o mote principal da novela das oito, roubando a cena da protagonista Helena (Taís Araújo). A tetraplegia da personagem fez o público ficar grudado na tv e torcendo por seu romance com o médico Miguel (Mateus Solano).

Pois bem, esses foram os vencedores desse ano, eu adorei a premiação, foi um barato. Agora é só esperar o ano que vem. Acho que falta incluir as categorias Melhor Novela, Melhor Autor(a), Melhor Seriado e Melhor Diretor. Quem sabe no futuro heim?

Já no Troféu Imprensa os vencedores foram:

Melhor Cantor: Roberto Carlos
Melhor Cantora: Ivete Sangalo
Apresentadora: Angélica
Apresentador: Rodrigo Faro
Programa Humorístico: Pânico na Tv e CQC
Programa de Entrevista: Alta Horas
Música do Ano: Você Não Vale Nada, Calcinha Preta
Programa Jornalístico: Profissão Repórter
Novela: Caminho das Índias
Atriz: Lília Cabral
Ator: Tony Ramos

Parabéns aos indicado e aos vencedores.

Nós somos as sombras das nossas decisões.

Acabei de ler essa frase aí de cima num livro chamado Doidas e Santas, da escritora Marta Medeiros, autora de Divã. E ela me fez refletir sobre as decisões que somos obrigados a tomar durante toda a nossa vida. Escola, amigos, pais. Tudo e todos influenciam no nosso futuro. Sabe meu amigo, eu nunca gostei de ser mandado. Quer dizer, eu não sou do tipo que comanda. Em certas ocasiões eu preciso de um estopim, alguém que me traga à realidade, que me incentive, pra poder continuar minhas tarefas. Isso pode soar como preguiça para uns, mas não, é somente a inaptidão para o comando. Eu já comandei algumas coisas. Bem poucas pra falar a verdade. Fico me imaginando daqui a um tempo, eu em sala de aula, quando, finalmente, minha graduação (chatérrima!!) acabar. Tenho absoluta certeza de que serei um péssimo professor. Sério. E sabe por que? Porque eu não consigo funcionar sabendo que tem alguém me julgando e me analisando o tempo inteiro. Ora, mas na vida você vai encontrar gente te analisando o tempo inteiro, você deve dizer. Eu sei. Mas é como diz o ditado: o que os olhos não vêm o coração não sente! Que se dane que falem de mim, contanto que eu não saiba... Eu acredito que o professor tem que ser um instrumento para apresentar seu pupilo (desde que eu descobri que “aluno” significa “sem luz” eu passei a procurar outros sinônimos para não ferir os sentimentos de alguém) ao mundo e fazer com que aquele projeto de gente realmente se projete e floresça nessa sociedade cada vez mais desafiadora e engolidora de gente. Nossas decisões pesam sempre por que querendo ou não, elas sempre trazem conseqüências. Eu estou num momento na minha graduação em que eu acho tudo chato! Turma chata, professores chatos, matérias insuportáveis, enfim, um saco! Mas eu tenho que voltar a mim logo, logo! Me lembrei da minha época de vestibular, do meu desejo de entrar na Escola de Teatro... Acho que vou me curar, temporariamente, que fique claro, da minha indulgência. Preciso disso. Minha decisão vai reverberar somente em mim. Vou crescer. Ou melhor. Vou crescer mais!!

A Mesmice dos Relacionamentos

Oi meu amigo. Que saudade! Desculpa se demorei para escrever. Sabe, é essa loucura do dia à dia que me deixa cada vez mais fora de mim e em consequência disso acabo não lhe dando a devida atenção. Mas e você? Soube que está muito bem aí nesse país estranho, com pessoas estranhas, com culturas estranhas. Eu continuo na mesmice de sempre. Querendo que algo aconteça que me tire dos eixos, que me desestruture completamente, de uma forma positiva, claro.

Acho que eu nunca vou me dar bem num casamento, e sabe por que? Porque eu detesto rotina, mas ao mesmo tempo, eu não sei como sair dela. É uma coisa muito louca. Difícil de compreender mesmo. Não te julgo por me achar um completo louco. Eu em seu lugar também acharia. Não é ignorado pó ninguém essa minha atitude nada convencional.

Bom, voltando à história do casamento, eu sou totalmente contra a atitude monogâmica. Pra quê isso gente? O melhor é você ir na onda do “ninguém é de ninguém”. Garanto que você vai sofrer bem menos. Tá,  tudo bem que na teoria é uma coisa e na prática são outros quinhentos, mas mesmo assim eu insisto em dizer que, o fracasso das relações como um todo, é o marasmo. Casamento teu inimigo se chama marasmo. Caiu no marasmo acabou-se, não tem santo Antônio que resolva a situação. Se a situação chega a um ponto em que a simples presença do outro já se torna algo incômodo, é bom repensar a relação. Mas e suas relações meu amigo? Você nunca fala das suas aventuras amorosas. 

Fico perdido nos meus devaneios imaginando se você tem esse tipo de problema. Acredito que não. Isso deve se dar apenas com os mortais nada centrados como este que vos escreve. Você me disse certa vez que pensa muito em formar uma família, ter sua vidinha regada à almoços de domingo e fraldas sujas no meio da noite. Será que você ainda tem vontade de incluir essa fralda suja ao cardápio familiar? Não, eu não tenho nenhum problema com crianças. Só acho que a pessoa deve ter um puta instinto maternal\paternal para poder conduzir aquela criaturinha durante sua trajetória nesse plano. Eu não teria essa estrutura física nem emocional. Como uma criança grande que eu sou, jamais teria condições de educar uma outra criança. Bom meu querido amigo! Vou indo, deixando você perdido em algum lugar desse imenso planeta. Soube que a Suíça tem excelentes chocolates. Passe por lá viu? Beijos e abraços e até mais.

Dez Coisas para Fazer...

Dez Coisas Para Fazer Antes dos 25 anos.

01 – Me formar na faculdade.
02 – Viajar para fora do país, Paris de preferência.
03 – Arranjar uma namorada que me agüente, por que depois dos 25 a coisa fica difícil (se bem que com essa mania que elas têm de dizer que está faltando homem no mercado, talvez eu não dê sopa por algum tempo né?).
04 – Trabalhar num lugar que eu não odeio meu chefe.
05 - Comprar DVDS originais.
06 – Ganhar um prêmio de melhor ator em um festival de teatro.
07 – Fazer um Ménage à Trois (Que é? Todo mundo tem vontade tá?).
08 – Fazer um curso de fotografia.
09 – Dizer vá à merda a um monte de gente que merece.
10 – Passar um Reveillon com a pessoa amada na praia.

Festival Nacional de Teatro da Bahia - II Edição



Há duas semanas aconteceu aqui em Salvador o II Festival de Teatro. E dessa vez eu participei. Ano passado eu já estava aqui em Salvador, mas não me envolvi. Quer dizer, a primeira edição foi em 2008. Essa segunda deveria ter acontecido em 2009, mas graças à problemas de verba teve de ser transferido para 2010. Fui "anjo receptivo" (uma espécie de acompanhante) de um grupo de Goiânia chamado Grupo Arte e Fatos. Veio um grupo de cinco pessoas ao todoForam muuuuuuuuuuuuuuito agradáveis. Gente boa pra caramba! A peça que eles apresentaram se chama Balada de Um Palhaço, de Plínio Marcos e foi super concorrida. Amei a peça e amei mais ainda conhecer pessoas tão legais quanto a Fernanda Fernandes, a produtora, o Danilo Alencar, o diretor, o iluminador, Júlio Rodrigues, e os atores Bruno Peixoto e Edson de Oliveira. Foi ótima minha participação no festival, foi realmente prazerosa. Por enquanto é só. Depois se eu tiver mais alguma novidade eu conto. Mas por enquanto é só isso. Ah! Já ia me esquecendo. Eu vou participar de uma montagem infantil. É uma peça chamada “O Menino e a Fada”. Vou fazer um infantil depois de anos! A última vez que eu fiz um infantil eu estava no ensino fundamental! Nisso já se vão quase dez anos. Nessa época eu vivia encenando Monteiro Lobato para as turmas da manhã na escola. Ai, ai! Doces tempos!

quinta-feira

E enfim começaram as aulas!!

Essa semana começou as aulas na faculdade. As mesmas pessoas, o mesmo espaço e alguns professores novos. No mais, sem novidades. Já tenho uma porrada de trabalhos pra fazer, e até uma maquete vou ter que esboçar. Imagina! Eu fazendo maquete? Vai ser o horror dos horrores. Ainda mais que tenho que fazer cálculo. Socorro!!


Mas esse semestre está parecendo que vai ser mais empolgante do que o outro. Dia de sexta terei aula o dia todo. Pela manhã, aula de Criação Literária e à tarde, aula normal. Mudei de casa, agora estou morando mais longe, ou seja, tendo a gostosa aventura de pegar ônibus todos os dias, sendo que na volta, venho espremido feito uma lagartixa. Ainda falta me adaptar de verdade mesmo, por que esses meses de férias me deixou meio fora do ar.

segunda-feira

Minha Trilha Sonora!

Sabe quando você ouve uma música e se apaixona? Eu sou um mestre em me apaixonar facilmente. Já disse isso em outro post. Mas isso também se refere à questão musical. Tem músicas que realmente grudam na minha cabeça e eu não consigo parar de ouvi-las. Ouço mais de mil vezes!


A do momento é “Chica Chica Bom Chic”, na voz inebriante de Bebel Gilberto, que faz parte da trilha de Viver A Vida. Bebel me proporciona momentos ótimos quando eu escuto também “Eu Preciso Dizer Que Te Amo”, sua parceria com Cazuza. Cazuza foi um cara que eu admiro. Como compositor, pelo seu inegável talento, e como pessoa por não ser covarde. Por ter a coragem de se jogar no que ele queria. Acabou mal. Mas viveu plenamente. Queria ter essa coragem. “Codinome Beija-Flor” é linda! Uma pérola. Na mesma linha vem o Frejat, com “Segredos”.

Caetano é um compositor foda! Suas canções são inteligentíssimas. “O Leãozinho”, “Nosso Estranho Amor”, “Você Não Me Ensinou a Te Esquecer”, “Alegria, Alegria”, Tropicália”, “Não Enche”, “Trem Das Cores” são apenas algumas de suas pérolas. Maria Bethânia tem uma interpretação digna para qualquer canção, mas eu sou apaixonado por “Eu Que Não Sei Nada Do Mar” e sua versão de “É O Amor”. Gal Costa me brinda sempre com “A História de Lili Brown” , “Caminhos Do Mar” e “Modinha Para Gabriela”.

Nando Reis e Arnaldo Antunes são brilhantes. O primeiro compôs “Mantra”, “O Segundo Sol”, “All Star” e “Pra você Guardei o Amor”. Já Arnaldo fez “Saiba” e suas parcerias com Marisa Monte e Carlinhos Brown são o supra sumo. Marisa é uma cantora que me emociona. “Velha Infância”, “Amor I Love You”, “Beija Eu”, Gentileza”, “Infinito Particular”, “Magamalabares”, “Não É Proibido” e etc. Apesar de alguns críticos dizerem que ela é técnica demais, eu não me importo. Adoro Marisa.

Outra que eu curto, como um bom baiano, é Daniela Mercury, a rainha do axé. A música de Daniela não é um axé barato, feito de qualquer jeito. Ele tem toda uma preocupação artística na concepção de seus discos, que são espetáculos cênicos, e não simples shows. Suas interpretações de “Esqueça”, “Mutante”, “Andarilho Encantado”, “À Primeira Vista”, “Tico Tico No Fubá”, “Cinco Meninos”, “Cidade Elétrica” são excepcionais.

Mas não vou continuar falando dos meus cantores favoritos, por que senão este post nunca vai ter fim. Mas só pra fazer justiça, meus outros ídolos: Clara Nunes, Elis Regina, Nara Leão, Gilberto Gil, Pitty, Maria Rita, Toquinho, Djavan, Roberto Carlos, Cássia Eller. Raul Seixas, Roberta Sá, Sandy, Leoni, Vanessa da Mata, Legião Urbana, Skank... Enfim vários.

No quesito música internacional no momento estou curtindo Mariah Carey, Beyoncé, Coldplay, Maroon 5, Bread, Shakira, Britney Spears, Kate Perry, Beatles, Travis, além das várias trilhas de musicais como Chicago, Hairspray, Nine e Across The Universe!

Meu Top 5 do Momento:

Internacional:

01 – Fuego – The Cheetah Girls
02 – You Cant Stop The Beat – Hairspray Soundtrack
03 – Cinema Italiano – Nine Soundtrack
04 – Lucy In The Sky With Diamonds – Across The Universe Sountrack
05 – Does Your Mother Know – Mamma Mia! Soundtrack

Nacional:

01 – Chica Chica Bom Chic – Bebel Gilberto e Carlinhos Brown
02 – Andarilho Encantado – Daniela Mercury
03 – Codinome Beija Flor – Cazuza
04 – Pense em Mim – Cheiro de Amor e Darwin
05 – As Máscaras – Cláudia Leitte