sexta-feira

Ode às Mulheres

Denominado geralmente como sexo frágil, as mulheres foram conseguindo pouco a pouco seu espaço numa sociedade preconceituosa e intolerante. Julgadas e pré-condenadas por nós, homens, a estarem sempre num patamar abaixo do que por direito lhes pertence, esses enigmáticos seres que, ora se mantêm servis e fiéis, ora mostram sua verdadeira força, seja no comando de grandes empresas ou mesmo, nos momentos de fragilidade daqueles que as cercam, souberam através da perseverança transformar o meio em que viviam.

Não existe no mundo criatura igual à mulher. Nem em sua estrutura física nem em sua magnitude. Construídas pelo Criador em material até hoje não desvendado, esconde no seu interior uma força capaz de mudar o mundo. Mulheres são capazes das maiores loucuras em nome do seu amor. Lembrando que a única loucura aceitável é a que provém da paixão. Mulheres não são um pouco nem demais. São sempre na medida certa. Ai daquele que não seja digno de tão doce e cândido ser. Um ser que é capaz de se anular por aqueles que ama.

Eu cresci num ambiente cercado delas. Mães, tias, irmãs, primas, professoras... Enfim, toda uma rede que fez com que eu pudesse ver o quão complexa é a alma feminina. Homem sofre, sente dor, ama. Mas não demonstra. Mulher sofre, sente dor, ama. Mas assume. Lança-se ao desconhecido, numa busca incessante por um sentimento que a preencha e que lhe sirva de acalanto nas horas de solidão.

A vida mostra a essas mulheres desde cedo a dureza de um mundo torto que insiste em negar-lhes o direito de comando de suas próprias existências. Belas por natureza, intensas como amores juvenis em manhãs de primavera, elas permeiam nossas humildes vidas masculinas, trazendo consigo leveza e suavidade. Seus olhos são diamantes que iluminam os caminhos tortuosos que levam à felicidade. Seus cabelos, extensos caracóis, nos envolvem como teias que se enlaçam como uma constelação a brilhar numa galáxia distante. Seus seios, duas montanhas que, do alto da sua magnitude, conduzem seus parceiros ao êxtase, a um prazer sem limites nem mediadores.

Ai daquele que nega à mulher o direito de amar e ser amada. Ai daquele que, no alto do seu coração gelado e das convenções sociais toscas, deixe de contemplar e se embelezar com esse projeto celestial que lhe foi dado de presente. Ame a todas elas. De todas as formas e variações possíveis. Com todo seu corpo e sua alma. Com toda intensidade

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