sábado

Amores que Machucam!

Uma hora da manhã. Uma insônia mórbida me atormenta. Hoje, uma sexta-feira, era de se esperar que eu tivesse saído para me divertir. Mas não. Tenho que ficar em casa pois não tenho permissão para sair. Que ridículo. Mas fazer o quê né? Temos que seguir regras, não importa o quão chatas elas sejam. O pior dessa insônia (fruto de uma mega cochilada na tarde de hoje) é que como não tenho o que fazer, toco a pensar besteira, a lembrar de coisas que eu julgava esquecidas ou ultrapassadas.


Hoje, especialmente, eu me lembrei das minhas relações amorosas. Não sou nenhum exemplo de beleza. A não ser que me coloquem naqueles quadros, tipo “antes e depois”. Eu seria o antes, claro. Talvez por isso eu tenha me tornado uma pessoa tímida, pelo menos em relação a esses assuntos. Me apaixono com uma velocidade impressionante. Chego a achar engraçado a minha maneira de amar. Tudo começa com um encantamento, depois passa para aquela velha sensação de tremedeira nas pernas e tudo mais. A ansiedade para que chegue logo o momento de visualizar a pessoa amada e etc. Estou sendo piegas, eu sei. Mas é a verdade.

Em 2009 eu achei que estava vacinado contra isso. Mas me enganei redondamente. Me envolvi com uma pessoa que eu achava estar num patamar a léguas de distância de mim. E realmente estava. Mas essa pessoa se dignou a se envolver comigo. Nunca chegamos a um finalmente. Parecia, para mim, aqueles namoricos de interior, que não passam de bilhetes e conversas bobas.

Pois bem, passei um tempão viciado em msn, ficava online horrores, só para ter a oportunidade de conversar com o meu “alvo”. Eu achava que aquilo realmente daria certo, afinal ela parecia estar mesmo interessada em mim. Parecia recíproco. Com isso fui me envolvendo cada vez mais, a ponto de me desconcentrar nas minhas atividades e só pensar nisso o dia todo. Achava que ia para sempre.

Mas como diz a canção cantada por Cássia Eller “o pra sempre, sempre acaba”. E é verdade. Acabou. Sabe quando você se sente um idiota, o mais idiota da face da terra? Pois foi assim que eu me senti. Eu já estava a tal ponto envolvido que me declarei. Acredita? Pois é, eu fiz a burrada de me declarar, cedo demais, tudo bem, mas eu estava apaixonado! Putz! Quando a gente está apaixonado fica realmente sem pensar direito. Achei que uma declaração facilitaria. Ledo engano. Acabou com minhas ilusões isso sim.


Essa experiência foi tão dolorosa, que fiquei destruído emocionalmente. Me descuidei dos afazeres acadêmicos e quase perdi o módulo na faculdade. Por sorte, me recuperei a tempo. Ou melhor, achei que tivesse me recuperado. Hoje, nessa insônia, me veio à tona tudo o que passei, e pude perceber que estou ainda ferido por dentro. Mas também! Quem manda eu achar que alguém nesse mundo estaria interessado em mim?

E sabe que, antigamente quando minhas amigas estavam com problemas com os namorados, ou até mesmo nas novelas, eu sempre criticava as mulheres que, apaixonadas perdoavam seus namorados (e vice versa) e esqueciam as traições, as mancadas. Eu achava aquela pessoas um bando de idiotas sentimentais que eram enrolados na maior cara de pau e não se davam conta disso.

Depois de passar por tudo o que eu contei, eu mudei completamente minha visão sobre isso. Eu estava, na cabeça, decidido a não cair na lábia do “alvo” , caso este voltasse para mim, o que eu estava louco que acontecesse, mas, claro, não aconteceu. Mas no coração, eu queria que o “alvo” estivesse perto, que dissesse que gostava de mim e que estava disposto a construir um relacionamento bacana. Mas não. Nada disso aconteceu.

Eu voltei para minha vidinha medíocre, e hoje, o “alvo” passa por mim como se nada tivesse acontecido. O que eu fico me perguntando é se ele fez isso só para me machucar ou para provar (testar) seu poder de sedução. Ambas as opções parecem terríveis e não tenho coragem de escolher nenhuma.

terça-feira

Quando a Solidão é Opcional

Há algum tempo eu vinha lendo comentários nada bacanas sobre a personagem Bella Swan, protagonista da série de livros “Twilight” (Crepúsculo). Eu achei que fosse implicância pelo fato dela ser a menina dos olhos do todo-poderoso Edward Cullen, já que o público maior da saga é composto por pré (e) adolescentes fanáticas e histéricas ao redor do planeta. Depois de um tempinho, resolvi vencer minha barreira inicial à história e fui ler os livros. Aí entendi o porque da rejeição.


Bella não é uma patricinha líder de torcida, loura, e não namora o capitão do time de futebol. É uma adolescente que não gosta de chamar a atenção para si mesma, sente-se feliz passando despercebida dentre seus colegas. Não pratica esportes, pois não tem menor jeito, não sai para festas , pois não sabe dançar, enfim, uma anti-social total. Mesmo assim ela conquistou o cara mais desejado e misterioso da escola. Por isso o público feminino passou a crucificar a personagem, afinal, como aquela garota sem sal conseguiu conquistar esse gato? É. Ser diferente é normal para mim também Bella.

Nunca gostei de festa. Multidão me faz mal. Muito mal mesmo. Já cheguei ao ponto de quase desmaiar no meio de um show! O pessoal de casa saía para todas as festas e eu ficava em casa, assistindo programas na madrugada. Todos já se acostumaram com meu jeito, o que não significa que não façam piadas do tipo “alma de velho” e etc. Nem me importo. Adoro ficar em casa sozinho lendo, assistindo tv ou simplesmente sem fazer nada.


Na faculdade já me apelidaram de anti social. O pior é que eu tenho que me desviar dos convites para festinhas e etc mentindo, tudo para mão ferir os sentimentos de ninguém. Não que eu me importe! Ah, sinceramente, eu não faço a menor questão que ninguém goste de mim. A pessoa mais importante já gosta: EU! Isso não quer dizer que eu queira que passem todos a me odiar, mas eu só queria um pouco mais de respeito ao MEU jeito de ser. Ninguém é obrigado a curtir festa, furdunço, vuco vuco. Uma confraternizaçãozinha com os amigos de vez em quando ainda vai. Mas sempre... não é pra mim! Acho que eu nunca vou me casar (não que eu queira!) por que eu sou muito chato. Não sei conviver socialmente. Definitivamente.

sexta-feira

O Medo Da Não Aceitação



Hoje eu me peguei pensando o quanto a opinião dos outros influencia nas nossas ações e decisões. Geralmente quando eu chego num lugar, procuro observar todas as pessoas, o que estão fazendo, sobre o quê conversam, enfim, o que está rolando no lugar. Talvez isso seja influência dos astros. Como bom escorpiano que sou, gosto de saber em que terreno estou pisando. Então, quando eu chego espero sempre a aceitação dos outros. Sei que é uma coisa difícil, por que nem sempre recebemos do próximo aquilo que desejamos. Nem sempre o que nos convém é o que é necessário ou condiz com a realidade.




Eu fico em pânico por que um espirro fora de hora é interpretado por mim de um jeito não auspicioso. Acho logo que aquela pessoa me odeia. Mas com o tempo aprendi que as pessoas têm maneiras diferentes de se relacionar e que algumas precisam de um tempo maior para se abrir e fazer amizades. Gosto de fazer amizades. Aliás, um dos maiores prazeres da minha vida é conhecer gente nova. Sei lá, mesmo que aquela pessoa não se torne meu amigo, o prazer de conhecer alguém, é uma coisa fascinante.



Lembro que quando eu fui para I Conferência Nacional de Juventude, que aconteceu em Brasília, em abril de 2008, ficava de mesa em mesa na hora das refeições dizendo: - Oi, eu sou o Thiago, Sou da Bahia! E ficava feito um besta falando, enquanto as pessoas ficavam se entreolhando, e com certeza pensando: - Quem é esse louco?

E eu lá, falando, falando, até ficar sozinho na mesa. Foi uma experiência ótima. Juro. Talvez seja esse meu narcisismo de ficar falando só de mim o tempo todo. Mas é que quando eu começo a falar de arte, cinema, literatura, eu me perco.



Mas em compensação, às vezes eu encontro alguém tão apaixonado por arte quanto eu e aí... é amizade na certa. Gosto de gente que tem papo. Que tem o que conversar. Algo que vá além da novela das oito (que por sinal eu adoro!) ou o Big Brother. Mas enfim, me deu vontade de escrever sobre isso para mostrar o quanto uma impressão errada pode influenciar a vida das pessoas. Moral da história: a primeira impressão nem sempre é a que conta.


segunda-feira

[Minha Numerologia]

Adoro numerologia. Sou do signo de Escorpião, o qual eu adoro. No horóscopo chinês sou de Cavalo, o signo da inteligencia e da criatividade. Hoje fiz a numerologia do meu nome e deu o seguinte:

Resultados para


"Thiago Oliveira"

Os números e a sua vida:

O cálculo e a interpretação dos números pessoais proporcionam o auto-conhecimento e, consequentemente, a melhor utilização dos potenciais de cada um. Além disso, permite a compreensão das ações e reações, bem como dos períodos da vida, e respectivos desafios e realizações. Através das qualidades dos números sabemos o que nos estimula, a maneira como os outros nos vêem e o que viemos fazer e aprender nessa vida. Entendendo as vibrações numéricas, entramos em contato com nossa força superior e em harmonia com as forças do Universo, o que nos leva à evolução espiritual. Todos os números têm características positivas e negativas, vibrações harmônicas ou conflitantes. Tudo depende de quem está sob influência destas vibrações.



A partir do nome, chega-se a três elementos: Ambição, Personalidade e Expressão.

Elemento Ambição:


A Ambição (ou Alma) representa o "eu verdadeiro", a "essência", aquilo que impulsiona, o motivo pelo qual se está neste mundo, os seus objetivos e anseios.



O seu número de Ambição: 1

Realizar coisas, assim como de encorajar, aconselhar e orientar outras pessoas.



Elemento Personalidade:

A Personalidade (ou Aparência) representa o modo de se relacionar com o mundo. Indica como os outros te enxergam. É o seu cartão de visita.



O seu número de Personalidade: 6

Extrovertida, simpática, exerce grande atração, afecto e diplomacia. Mas é conservadora em suas ideias e pontos de vista. E idealista e romântica.



Elemento Expressão:

A Expressão (ou o destino) indica o caminho a seguir, a sua missão na vida, aquilo que você veio expressar..



O seu número de Expressão: 7

'Vendo' através das coisas, capaz de chegar a uma realidade espiritual e não se adaptar facilmente ao corre-corre do mundo moderno. Deve escolher com bastante cuidado pessoas amigas e amantes, sem exigir perfeição, pois poderá ficar sozinho.







O seu número é o 7!!!




Aparentemente fria e calculista a pessoa de personalidade 7 é na verdade super exigente com ela mesma e com o próximo. Procura sempre executar suas tarefas de forma impecável. Geralmente solitária, ela se isola e precisa de muito tempo para realmente se entregar a qualquer tipo de relacionamento pois prefere este isolamento.

  • Positivo: Espiritualidade, Introspecção, Profundidade, Perfeccionismo, Controle da Mente;


  • Negativo: Solidão, Pobreza, Exigência excessiva, Auto-Crítica, Reclusão

quinta-feira

Balada do amor através das idades - Carlos Drummond de Andrade

Eu te gosto, você me gosta




desde tempos imemoriais.


Eu era grego, você troiana,


troiana mas não Helena.


Saí do cavalo de pau


para matar meu irmão.


Matei, brigamos, morremos.













Virei soldado romano,


perseguidor de cristãos.


Na porta da catatumba


encontrei-te novamente.


Mas quando vi você nua


caída na areia do circo


e o leão que vinha vindo,


dei um pulo desesperado


e o leão comeu nós dois.







Depois fui pirata mouro,


flagelo da Tripolitânia.


Toquei fogo na fragata


onde você se escondia


da fúria do meu bergantim.


Mas quando ia te pegar


e te fazer minha escrava,


você fez o sinal da cruz


e rasgou o peito a punhal…


Me suicidei também.






Depois (tempos mais amenos)



fui cortesão de Versailles,



espirituoso e devasso.



Você cismou de ser freira…



Pulei muro de convento



mas complicações políticas



nos levaram à guilhotina.





Hoje sou moço moderno,


remo, pulo, danço, boxo,


tenho dinheiro no banco.


Você é uma loura notável,


boxa, dança, pula, rema.


Seu pai é que não faz gosto.


Mas depois de mil peripécias,


eu, herói da Paramount,


te abraço, beijo e casamos.