quarta-feira

Novelas Inesquecíveis

Finalmente Viver a Vida acabou e chegou Passione! Não agüentava mais o chove e não molha da trama de Manoel Carlos. Chego a afirmar que foi a trama das oito que eu menos acompanhei nos últimos cinco anos. Dia desses estava me lembrando das minhas novelas favoritas. E olha que são tantas...

Tenho na verdade, novelas favoritas de cada autor. De Manoel Carlos a Glória Pérez. De Sílvio de Abreu a Gilberto Braga. Da Globo a Record. Gosto de qualquer tipo de Dramaturgia. Sem exceção.

Vou fazer um mix dos meus autores e tramas favoritas.

Sílvio de Abreu – O autor da atual novela das oito não é meu favorito, embora eu admire seu trabalho como criador de dezenas de cenas antológicas da história da tv. De todas as suas novelas, minha favorita é A INCRÍVEL BATALHA DAS FILHAS DA MÃE NO JARDIM DO ÉDEN ou AS FILHAS DA MÃE (2001). Tive a oportunidade de ler a sinopse, que é sen-sa-ci-o-nal! Muito inteligente e com situações divertidíssimas, a novela não foi bem aceita pelo público. Mas eu adorei. Também amei BELÍSSIMA. Porém ainda fico com AS FILHAS DA MÃE.


Gilberto Braga – CELEBRIDADE (2003) é a minha escolha no quesito Gilberto Braga. A cena da briga de Maria Clara (Malu Mader) e Laura (Cláudia Abreu), entrou pra história. E a novela me prendeu do início ao fim. Amei. Mas VALE TUDO, que eu não acompanhei diariamente, pois não é do meu tempo, também é ótima. A cena de Solange (Lídia Brondi) batendo em Maria de Fátima (Glória Pires) é uma das minhas favoritas. Revejo sempre no YOUTUBE. Clássico.


Manoel Carlos - É de autoria de Maneco minha novela favorita. MULHERES APAIXONADAS (2003) me conquistou desde o começo e foi a primeira novela a conseguir a proeza de me fazer chorar. Chorei horrores no último capítulo da trama. Dóris, Raquel, Lorena, Marina, Luciana, Diogo, Estela vão continuar pra sempre no meu coração. Linda novela.

Aguinaldo Silva – Deste pernambucano arretado, sem papas na língua escolho PORTO DOS MILAGRES (2001). Embora Aguinaldo declare não gostar muito desta novela, que é uma adaptação de duas obras de Jorge Amado (A descoberta do Brasil pelos Turcos e Mar Morto), eu tenho um tesão por ela, justamente por ser a mescla de duas linguagens que eu adoro: a novela e literatura. Porto foi a primeira novela das oito que eu acompanhei, e não me arrependi.

Glória Pérez – Da minha autora favorita eu destaco AMÉRICA (2005). Ainda hoje revejo cenas desta novela inesquecível, que falava dos sonhos das pessoas. Linda história e com personagens inesquecíveis. Curiosamente, foi uma trama muito rejeitada inicialmente, mas que depois se firmou, embora não seja considerada a obra prima de Glória, é a minnha favorita.

João Emanuel Carneiro – COBRAS E LAGARTOS (2006) é minha escolha. Embora tenha nos brindado com uma vilã excepcional em A FAVORITA, João arrasou nessa novela ágil, divertida e que deu monstruosos picos de audiência, recuperando a audiência, instável desde BANG BANG. Quem não se lembra do Foguinho (Lázaro Ramos)? E de Ellen (Taís Araújo)? E de Leona (Carolina Dieckmann), a sub-loura? Adorei COBRAS E LAGARTOS.

Benedito Ruy Barbosa – Benedito é o autor que menos assisti. Odeio o jeito dele de escrever. Meloso demais, poético demais. Chato. Mas de todas suas novelas, eu fico com a segunda versão (claro!) de CABOCLA (2004). O resto não tive paciência de assistir.


Walcyr Carrasco – O mago das seis (e depois de Caras e Bocas, da sete também!) fez trabalhos excepcionais. De Xica da Silva à Alma Gêmea. Mas, de todas, eu fico com CHOCOLATE COM PIMENTA (2003).

Tiago Santiago – Tiago é o autor que mais me irrita. Mais do que Benedito (risos). Ele tem uma mania horrível, que eu apelido de Síndrome de Manoel Carlos. É aquela coisa de ficar dando lição de moral, o que deixa novela chata, com um didatismo INSUPORTÁVEL. Sua novela mais legal foi a sua versão de A ESCRAVA ISAURA (2005). A Record arrasou na produção da novela, o que me faz assití-la sempre que reprisada.






Outros autores que eu curto (ou não) e seus trabalhos mais legais.

GISELE JORAS – BELA, A FEIA (2009)
MARGARETH BOURY – ALTA ESTAÇÃO (2006)
LETÍCIA DORNELLES – AMIGAS E RIVAIS (2006)
IVANI RIBEIRO – A VIAGEM (1994)
JANETE CLAIR – SELVA DE PEDRA (1972)
DIAS GOMES – ROQUE SANTEIRO (1986)
WALTER NEGRÃO – ERA UMA VEZ... (1997)
CARLOS LOMBARDI – PÉ NA JACA (2006)
ANA MARIA MORETZSON - ESTRELA GUIA (2001)
ANTÔNIO CALMON - O BEIJO DO VAMPIRO (2003)
ELIZABETH JHIN - ETERNA MAGIA (2006)
RICARDO LINHARES - PARAÍSO TROPICAL (2007)
MARIA ADELAIDE AMARAL - ANJO MAU (1997)

quinta-feira

Eu e minhas atividades!!!



Oi meu amigo... Desculpa se te deixei meio de lado esses dias. É que são tantas coisas a fazer. Estou na rotina louca de faculdade e ensaios. Acho que estou fazendo coisas demais.

Olha só: faculdade se segunda a sexta (das 13:30 às 18:30, isso sem incluir os trabalhos da faculdade, que geralmente são feitos no horário da manhã, o que me faz às vezes passar dias inteiros na Escola de Teatro), ensaios da Terra Brasilis às segundas e quartas, o processo do NIT (Núcleo de Investigação Teatral) às terças e sextas, e ensaios e produção dO Menino e a Fada aos sábados e domingos. Ufa! Acho que vou pifar!!

Eu adoro estar cheio de atividades de teatro pra fazer. Acho realmente instigante. Mas acho que dessa vez eu exagerei. To sem tempo pra nada. Nem pra me divertir. To com uma pilha de filmes que comprei e anda não assisti graças a essa falta de tempo. Ando querendo dar uma geral nessas minhas atividades. Dar um tempo na Terra Brasilis, que não sai do lugar, o que me deixa totalmente desmotivado, estrear O Menino e a Fada (e depois tirar um período sabático), me dedicar mais ao NIT, levar mais à sério minha graduação, enfim, me sentir realmente feliz fazendo isso tudo.

O processo na Terra Brasilis está chato. Não sinto mais aquela energia sabe? Depois que entrou a galera nova eu acho que perdi alguma coisa. Não sei o quê. Gosto muito do pessoal novo. Acredito que o problema está comigo. Não saí do grupo ainda por consideração à galera, e principalmente ao Fábio, que me deu a oportunidade ano passado sem nem me conhecer direito. Estou lá por que eu quero somar. Mas cada dia que chego para ensaiar e temos mais uma roda de conversas e discussões sobre os mesmos temas (faltas, atrasos e etc) parece que morre alguma coisa em mim. Sinceramente não sei no que isso vai dar.

O Menino e a Fada estréia na escola Via Magia dia 07 de junho. Serão apenas três apresentações nesse dia, e depois entraremos em processo de divulgação para levarmos o espetáculo para outros locais (escolas, festivais e etc). Estou ansioso, pois será minha volta ao universo teatral infantil depois de quase dez anos. Lembro-me de quando ainda na escola, eu adaptava Monteiro Lobato para apresentar para as turmas mais novas. Bons tempos.

Essa faculdade que me anda tirando o sono. São trabalhos e mais trabalhos, e muito pouco tempo para executá-los. Nem sei se vou ser aprovado esse semestre. Mas estou tentando. Não fiz a inscrição para o PIBID e me arrependi. Poderia estar ganhando minha graninha. Meus 350 reais. Buááááá! Mas vem aí o ACC e vou tentar.

O NIT é um processo de pesquisa teatral com algumas pessoas da Escola de Teatro e de outros lugares também. Organizado por minha querida amiga Cássia, o processo é coletivo, e abrange diversas áreas da prática teatral. É um processo voltado principalmente para pessoas que estão paradas, sem atuar (o que não é meu caso). Estamos bem no início do processo, mas já é bem instigante.

Ah! Já ia me esquecendo. Nessa sexta dia 21 de maio, vou estar no MAFRO (Museu Afro Brasileiro), no Pelourinho, fazendo uma apresentação em virtude da comemoração do mês dos Museus. Serão recitais performáticos com poesias angolanas. Estou ensaiando nas minhas folgas (e tenho?) e depois posto as fotos. No processo estão Cássia Domingos, Liu Vilares, Elinaldo Nascimento, Val Nunes, Vinícius Sena e eu, claro.
Enfim, estou tentando organizar minha agenda. Com muitas dificuldades e com alguns cabelos brancos lá vou eu. Nesse post estão algumas fotos dos bastidores dO Menino e a Fada. Beijos e até breve.




terça-feira

E o importante é viver sempre...

Já é quase meia noite. Hoje é sábado. Daqui a poucos minutos será domingo. Tento controlar o fluxo de lágrimas que insiste em brotar continuamente dos meus olhos. Acabo de ler um conto de um amigo meu, Elinaldo, O conto se chama Inflorescência. Ele conta a história de Nat, um garoto que sofre de câncer. A história é narrada em terceira pessoa, por uma garota, amiga de escola de Nat.É triste por que ele morre no final. Isso me fez parar pra pensar no quanto somos breves. Breves nesse egocentrismo ridículo. Nessa maneira vil e insossa de achar que somos sempre o centro de tudo.  Como seria bom se pudéssemos parar o tempo em determinadas partes da vida. Fazer uma tarde de primavera se estender, de maneira que deixasse seu perfume exalando por jardins e cachoeiras. Ter a sensação de que o mundo lhe pertence, de que você é dono da magnífica força que te move, a força da vida. Como seria se eu acordasse e alguém me dissesse que a minha vida a partir de agora será uma sucessão de ações repetidas? Imagine não ter o gozo de viver intensamente as novidades e surpresas desenhadas erroneamente por um anjo barroco numa nuvem colorida.  Viver meus sonhos, cada vez maiores e mais indecifráveis. Viver meus sentimentos sem reprimi-los ou moldá-los ao bel prazer da sociedade. Sonhar somente por sonhar. Amar somente por amar. Viver somente por viver.