Acabei de chegar em casa depois de passar três dias fora. Sabe, me sinto estranho ao pisar novamente aqui. As pessoas me olham como se eu fosse um ser estranho, como se não pertencesse mais a esse mundo. Desde pequeno nunca tive muita vontade de viver em bando. Claro gosto de ter a companhia de pessoas que eu gosto, dos meus amigos, eu gosto disso. Mas eu sou um cara que preza muito mais a solidão. Adoro ficar em casa sozinho, ouvindo música, curtindo a minha companhia. Sei lá, uma esquizofrenia talvez, mas é o meu jeito. As pessoas se assombram sempre que conto minha fórmula da felicidade: ter o meu canto, com a minha energia, ter o meu emprego, ter meus pequenos luxos como ir ao cinema, comprar um livro e fazer uma viagem no fim do ano. Ou seja, coisas extremamente possíveis. E para isso eu não preciso desfrutar da companhia de ninguém. Posso muito bem fazer tudo isso sozinho. Por quê que eu sou assim? Freud explica. Sempre fui uma pessoa que se apega muito fácil aos outros. Me apegava aos meus amigos com uma facilidade impressionante. E o tempo (ou o destino, chamem como quiser) sempre dava um jeito de afastá-los de mim. Eu, bobo como sempre, demorei até perceber que essa é a máxima dos amigos na nossa vida: eles vem e vão, aproveite os enquanto ainda estão do seu lado. Hoje em dia aprendi (será?) A lidar com essas perdas. Desfruto ao máximo a companhia dos meus amigos. Sempre com esse medo, esse temor de perdê-los na primeira esquina. Mas mesmo assim vou em frente e tento manter essa amizade ao máximo. Gosto muito de conhecer pessoas, é um dos meus passatempos favoritos.
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